O varejo automotivo no Brasil está vivendo um momento de mudança acelerada, e isso traz um aviso claro: quem não se adaptar, pode ficar para trás.
Para empresas como autocenters, lojas de autopeças e oficinas mecânicas, isso significa que não basta mais apenas “consertar e vender peças”.
É hora de usar tecnologia, oferecer conveniência ao cliente, reduzir riscos dos controles manuais e ganhar tempo.
Neste artigo, vamos ver as principais tendências para 2026 em diante, e o que cada uma significa para esses três perfis de negócio.
1. Veículos Elétricos e Híbridos: eletrificação da Frota
A eletrificação da frota não é apenas “o que vai acontecer”, ela já está acontecendo.
Segundo a Deloitte, o mercado brasileiro caminha para maior interesse em híbridos, mesmo que os elétricos ainda enfrentem desafios estruturais.
Impactos para:
- Autocenters: Precisam investir em capacitação técnica para lidar com alta voltagem, recargas, baterias de tração, sistemas elétricos. O modelo de negócio muda: serviços tradicionais podem reduzir à medida que a frota elétrica cresce. Mas quem se posicionar cedo, ganha diferencial competitivo.
- Lojas de Autopeças: O mix de produtos muda. Muitos componentes usados em motores a combustão vão diminuir; outros (baterias, módulos eletrônicos, cabos de recarga) vão crescer. É necessário adaptar estoque, treinar vendedores para orientar clientes de veículos elétricos.
- Oficinas Mecânicas: A oficina que focava apenas motor a combustão vai sentir o impacto sim, ainda haverá muitos veículos “tradicionais”, mas o futuro exige especialização em diagnóstico de baterias, elétrica avançada e serviços de alta tecnologia. Capacitar equipes e investir em EPI e equipamentos é crucial.
2. Conectividade e Veículos Conectados
Os veículos estão cada vez mais “computadores sobre rodas”. Essa mudança exige que o varejo automotivo se ajuste.
Impactos para:
- Autocenters: Podem oferecer serviços de manutenção preditiva para frotas conectadas. Investir em equipamentos de diagnóstico digital, softwares que leem dados de veículos. O relacionamento com o cliente deixa de ser reativo e passa a ser proativo ( “identificamos problema, avisamos você” ).
- Lojas de Autopeças: Os clientes chegam já mais informados, pela conectividade do veículo. Então, é necessário catálogos eletrônicos, integração com oficinas, entrega ágil, sistemas digitais para acelerar a venda.
- Oficinas Mecânicas: Diagnósticos, softwares, gestão digital tornam-se indispensáveis. A oficina moderna pode oferecer agendamento online, diagnóstico remoto, alertas para cliente. O cliente espera rapidez, clareza, acompanhamento e isso exige ferramentas digitais e cultura de atendimento diferente.
3. Mudanças no comportamento do consumidor + E‑commerce
O cliente mudou: quer conveniência, digitalização, transparência e rapidez. E o varejo automotivo precisa acompanhar.
Impactos para:
- Autocenters: Cliente quer agendar pelo celular, receber orçamento transparente, ter atendimento rápido. A reputação online conta. Oferecer pacotes de manutenção, fidelização, conveniência (como leva‑e‑traz ou carro reserva) passa a ser diferencial.
- Lojas de Autopeças: Ainda vendem muito presencialmente, mas o e‑commerce cresce e a integração omnichannel se torna imperativa. Atender oficina, consumidor final, marketplace, web e loja física, tudo junto. Quem não se digitalizar perde velocidade e margem.
- Oficinas Mecânicas: Atendimento digital, agendamento via WhatsApp/app, orçamento claro, pós‑venda (lembrar próxima revisão, contato cliente) fazem parte da nova rotina. O vínculo com o cliente se torna cada vez mais importante – não só “consertei”, mas “cuido do seu carro”.
4. Digitalização e novas tecnologias no setor de reposição
Digitalizar processos, usar dados, automatizar, isso não é mais “bom ter”, é “preciso ter”.
Impactos para:
- Autocenters: Sistemas integrados (ERP, estoque, OS, financeiro) ajudam a controlar desde a entrada do carro até a entrega. Prever demanda, evitar falta de peças, padronizar atendimento em várias unidades.
- Lojas de Autopeças: Gestão inteligente de estoque, uso de IA para recomendar peças, catálogos digitais, atendimento online, automação de marketing. Quem usar dados e tecnologia terá vantagem competitiva.
- Oficinas Mecânicas: Um software de gestão de oficina bem configurado traz controle de agendamentos, histórico, peças usadas, financeiro. Dados permitem ver onde há gargalo, otimizar mão de obra, aumentar satisfação do cliente.

5. Evolução da Cadeia de Suprimentos Automotiva
A cadeia está ficando mais complexa, mais SKUs, entregas mais rápidas, integração entre elos. Isso impacta quem vende, quem presta serviço e quem abastece.
Impactos para:
- Autocenters: Precisam de fornecedores que entreguem rápido, integração digital com estoque de distribuidores, logística ágil para não deixar cliente esperando.
- Lojas de Autopeças: Precisam estocar com inteligência, escolher fornecedores estratégicos, operar online e off‑line, logística local rápida (motoboys, entregas urbanas). A capilaridade é vantagem.
- Oficinas Mecânicas: Menos estoque próprio de peças, mais pedidos just‑in‑time. Ferramentas digitais de cotação e entrega permitem diminuir o tempo que o carro fica parado esperando peça. Parcerias sólidas de fornecimento viram parte da rotina.
Conclusão
Todas essas tendências eletrificação, conectividade, mudança de comportamento do consumidor, digitalização, cadeia de suprimentos e sustentabilidade estão entrelaçadas e redefinem o varejo automotivo no Brasil pós‑2025.
O recado para autocenters, lojas de autopeças e oficinas é: não basta manter o modelo antigo.
É hora de investir em tecnologia, capacitação, foco no cliente, processos eficientes e responsabilidade ambiental.
Com o Gaud ERP, a Gaud ajuda sua empresa a dar esse salto: controle completo, eliminação de controles manuais, ganho de tempo e redução de riscos para que você foque em crescer, atender melhor e se diferenciar no mercado.
Se você quer conversar sobre como aplicar uma ou mais dessas tendências no seu negócio, eu posso ajudar.
Qual delas você gostaria de explorar primeiro?





